segunda-feira, 26 de abril de 2010


O Quinhentismo, fase da literatura brasileira do século XVI, tem este nome pelo fato das manifestações literárias se iniciarem no ano de 1.500, época da colonização portuguesa no Brasil. A literatura brasileira, na verdade, ainda não tinha sua identidade, a qual foi sendo formada sob a influência da literatura portuguesa e européia em geral. Logo, não havia produção literária ligada diretamente ao povo brasileiro, mas sim obras no Brasil que davam significação aos europeus. No entanto, com o passar dos anos, as literaturas informativa e dos jesuítas, foi dando lugar a denotações da visão dos artistas brasileiros.

Na época da colonização brasileira, a Europa vivia seu apogeu no Renascimento, o comércio se despontava, enquanto o êxodo rural provocava um surto de urbanização. Enquanto o homem europeu se dividia entre a conquista material e a espiritual (Contra-Reforma), o cidadão brasileiro encontrava no quinhentismo semelhante dicotomia: a literatura informativa, que se voltava para assuntos de natureza material (ouro, prata, ferro, madeira) feita através de cartas dos viajantes ou dos cronistas e a literatura dos jesuítas, que tentavam inserir a catequese.

A carta de Pero Vaz de Caminha traz a referida dicotomia claramente expressa, pois valoriza as conquistas e aventuras marítimas (literatura informativa) ao mesmo tempo que a expansão do cristianismo (literatura jesuíta).
A literatura dos jesuítas tinha como objetivo principal o da catequese. Este trabalho de catequizar norteou as produções literárias na poesia de devoção e no teatro inspirado nas passagens bíblicas.

José de Anchieta é o principal autor jesuíta da época do Quinhentismo, viveu entre os índios, pelos quais era chamado de piahy, que significa “supremo pajé branco”. Foi o autor da primeira gramática do tupi-guarani e também de várias poesias de devoção.

Arcadismo.

Introdução

O Arcadismo, também conhecido como Neoclassicismo, surgiu no continente europeu no século XVIII, durante uma época de ascenção da burguesia e de seus valores sociais, políticos e religiosos. Esta escola literária caracterizava-se pela valorização da vida bucólica e dos elementos da natureza. O nome originou-se de uma região grega chamada Arcádia (morada do deus Pan).

Os poetas da escola literária escreviam sobre as belezas do campo, a tranqüilidade proporcionada pela natureza e a contemplação da vida simples. Portanto, desprezam a vida nos grandes centros urbanos e toda a vida agitada e problemas que as pessoas levavam nestes locais. Os poetas arcadistas chegavam a usar psedônimos (apelidos) de pastores latinos ou gregos.


O Arcadismo no Brasil

No Brasil, o arcadismo chega e desenvolve-se na segunda metade do século XVIII, em pleno auge do ciclo do ouro na região de Minas Gerais. É também neste momento que ocorre a difusão do pensamento iluminista, principalmente entre os jovens intelectuais e artistas de Minas Gerais. Desta região, que fervia culturalmente e socialmente nesta época, saíram os grandes poetas.

Entre os principais poetas do arcadismo brasileiro, podemos destacar Cláudio Manoel da Costa (autor de Obras Poéticas), Tomás Antônio Gonzaga (autor de Liras, Cartas Chilenas e Marília de Dirceu), Basílio da Gama (autor de O Uraguai) , Frei Santa Rita Durão (autor do poema Caramuru) e Silva Alvarenga (autor de Glaura).

As principais características das obras do arcadismo brasileiro são: valorização da vida no campo, crítica a vida nos centros urbanos (fugere urbem = fuga da cidade), uso de apelidos, objetividade, idealização da mulher amada, abordagem de temas épicos, linguagem simples, pastoralismo e fingimento poético.

sábado, 17 de abril de 2010

José de Alencar.

José de Alencar, advogado, jornalista, político, orador, romancista e teatrólogo, nasceu em Mecejana, CE, em 1o de maio de 1829, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 12 de dezembro de 1877. É o patrono da Cadeira n. 23, por escolha de Machado de Assis.

Obras: I Romances urbanos: Cinco minutos (1857); A viuvinha (1860); Lucíola (1862); Diva (1864); A pata da gazela (1870); Sonhos d’ouro (1872); Senhora (1875); Encarnação (1893, póstumo). II Romances históricos e/ou indianistas: O Guarani (1857); Iracema (1865); As minas de prata (1865); Alfarrábios (1873); Ubirajara (1874); Guerra dos mascates (1873). III Romances regionalistas: O gaúcho (1870); O tronco do ipê (1871); Til (1872); O sertanejo (1875).

sexta-feira, 16 de abril de 2010

MEMÓRIAS PÓSTUMAS DE BRÁS CUBAS - Machado de Assis (Resumo)
Este livro representou um marco decisivo tanto no desenvolvimento da obra de seu autor, quanto na evolução da literatura brasileira. Não é mais um romance romântico, como os anteriores de Machado de Assis (1839-1908), e é tido como o primeiro romance realista brasileiro.

Mas ele é ainda mais que isso: é a primeira narrativa fantástica brasileira e, ainda mais importante, é a primeira obra da literatura brasileira que ultrapassa os limites nacionais dessa literatura, pois é um grande romance universal, que mereceria lugar de destaque em qualquer grande literatura do mundo.

Brás Cubas, o narrador, está morto, e é dessa perspectiva extraordinária (daí o caráter fantástico do livro) que ele nos relata sua vida e nos dá um quadro de sua classe social e do mundo em que viveu, tudo num estilo ziguezagueante, coerente com a vontade de um morto caprichoso e debochado, sem qualquer compromisso com os formalismos

da vida – sejam os formalismos das relações sociais, sejam os da narrativa literária.

O livro é imensamente divertido e pode-se lê-lo, com prazer, de diversas formas e com diversos interesses: seja pelo interesse da história, contada com comicidade e irreverência; seja pela forma da narrativa, cheia de surpresas e desenvolvida (ou desmontada) por meio de um vaivém constante (começa pela morte do protagonista, pula para o seu nascimento e prossegue com muitos saltos);

seja ainda pela representação corrosivamente irônica de um mundo social parasitário (a "alta sociedade" do Segundo Império), mundo do qual o narrador – um completo parasita – é o perfeito representante.

Por trás de tanto bom humor, contudo, está uma perspectiva desencantada (o famoso pessimismo machadiano) que não só põe a nu as estruturas daquela sociedade, mas ainda deixa visível o esqueleto que suporta as estruturas da vida e da arte.


O Primo Basílio (1878) - Eça de Queirós

Eça de Queirós foi um dos principais responsáveis pela introdução do realismo em Portugal, e O Primo Basílio foi um dos dois livros (sendo o outro 0 crime do Padre Amaro, também dele) que mais colaboraram para desbancar o romantismo de Camilo Castelo Branco ou Júlio Dinis e instalar em Portugal novos padrões de arte e de visão da sociedade e da vida.

O livro é um delicioso quadro da classe média de Lisboa, com inesquecíveis tipos caricatos, como o Conselheiro Acácio e Dona Felicidade, e uma história ao mesmo tempo banal e envolvente.

Luísa vive um casamento morno com seu prosaico marido, o engenheiro Jorge, e se intoxica de fantasias românticas, hauridas em livros ou sugeridas nas conversas com sua “devassa” amiga Leopoldina.

No meio de um verão sufocante, durante o qual Jorge faz uma viagem de trabalho, Luísa recebe a visita de um primo rico, seu ex-namorado, agora vivendo em Paris, cidade idealizada nos sonhos românticos da moça.

Uma velha empregada, a ressentida Juliana, a tudo assiste cheia de intenções de vingança. Esses são os ingredientes com que o estilo irresistível de Eça de Queirós compõe a trama do romance.

Disso resulta uma crítica demolidora da moral pequeno-burguesa. A aventura “romântica” de Luísa é vista sem nenhum romantismo; ao contrário, é desnudada pelas lentes implacáveis do realismo, que, nessa época, Eça abraçava com fervor, utilizando-o como método de análise para elaborar um amplo e devastador quadro crítico da sociedade portuguesa.

A força de O Primo Basílio, contudo, não provém de sua trama (que Machado de Assis, em crítica publicada na época do lançamento do livro, demonstrou ser defeituosa), nem de suas intenções de saneamento social, mas sim do poder com que Eça compõe as situações e do encanto do seu estilo.

Eça de Queirós


Diplomata e escritor muito apreciado em todo o mundo e considerado um dos maiores escritores portugueses de todos os tempos, Eça de Queirós nasceu José Maria Eça de Queirós, em Póvoa de Varzim-Portugal, no dia 25 de Novembro de 1845. Seu nome muitas vezes tem sido, de forma equivocada, grafado como "Eça de Queiroz".

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Concurso Vestibular 2011


LEITURAS OBRIGATÓRIAS PARA A PROVA DE LITERATURA DE LÍNGUA PORTUGUESA

Para o Concurso Vestibular 2011, será exigida a leitura das seguintes obras:

1. Basílio da Gama - O Uraguai;
2. José de Alencar - Lucíola;
3. Poemas de Álvaro de Campos, de Fernando Pessoa ( 1. Mestre, Meu Mestre Querido!, 2. Ao Volante do Chevrolet pela Estrada de Sintra , 3. Grandes S ão os Desertos, e Tudo é Deserto, 4. Lisboa com suas Casas, 5. Todas as Cartas de Amor São, 6. Ode Triunfal, 7. Lisbon Revisited (1923), 8. Tabacaria, 9. Aniversário, 10. Poema em linha reta );
4. Machado de Assis - Memórias Póstumas de Brás Cubas;
5. Contos de Machado de Assis - O Caso da Vara, Pai contra M�e, Cap�tulo dos Chap�us;
6. Eça de Queirós - O primo Basílio;
7. Manuel Bandeira - Estrela da vida inteira;
8. Cyro Martins - Porteira Fechada;
9. Guimarães Rosa - Manuelz�o e Miguilim (Campo Geral e Uma est�ria de amor);
10. Dias Gomes - O Pagador de Promessas;
11. Rubem Fonseca - Feliz Ano Novo;
12. Crist�v�o Tezza - O Filho Eterno.